domingo, 3 de outubro de 2010

Cacique Araribóia

Divulgação

Fundada pelo cacique e guerreiro Araribóia, Niterói é uma das cidades brasileiras que tem mais símbolos naturais. Afinal, quando Araribóia embarcou na nau portuguesa no Espírito Santo para combater os franceses e Tamoios em 1554, assim que o navio entrou na Baia de Guanabara ele se apaixonou pelas “barreiras vermelhas do outro lado”. Era Niterói.

Araribóia e os guerreiros de sua tribo (Temiminó) derrotaram os franceses que haviam aliciado os tamoios. Pelos serviços prestados recebeu da Coroa Portuguesa as “barreiras vermelhas”, Niterói, onde viveu até o fim. Por isso a profusão de nomes indígenas em ruas, praias, pedras, monumentos.

Numa tarde de 1991, o então prefeito Jorge Roberto Silveira convidou o arquiteto Oscar Niemeyer para rodar pela cidade. Objetivo: encontrar o lugar ideal para construir o Museu de Arte Contemporânea. Não precisaram andar muito. Quando Niemeyer olhou para o mirante da Boa Viagem, na época um aglomerado de trailers, disse “vai ser ali”. Jorge e Oscar foram direto para o saudoso restaurante Sacada, em Charitas, onde em um guardanapo de papel o arquiteto desenhou as primeiras linhas do MAC.

Assim que a construção do MAC foi anunciada os espíritos-de-porco, surfando em sua célebre e oportunista mediocridade, provincianismo e atraso, tentaram fazer uma campanha para abortar a construção do museu. Como bom e guerreiro niteroiense de berço, nascido e criado aqui, Jorge Roberto Silveira nem pensou em desistir e o MAC é hoje o símbolo número um da cidade.

Foi uma obra difícil, que começou na primeira gestão de Jorge Roberto e foi concluída pelo sucessor e amigo João Sampaio em 1996. A filosofia implantada no MAC, que jamais acreditou que arte contemporânea é coisa de elite deu mais do que certo. Em dois anos, dois milhões de pessoas (70% das classes D e E) visitaram o museu que tornou-se símbolo.

Estátua de Araribóia

Bem posicionada, guardando Niterói, com o guerreiro de olho na Baía de Guanabara, a estátua de Araribóia é um símbolo muito afetivo, principalmente para quem nasceu em Niterói. De pé na praça que leva o seu nome, em frente a estação das barcas, Araribóia está na posição que mais gostava de ficar quando vivia no hoje Morro de São Lourenço. Segundo historiadores, o cacique não parava de controlar a Baía sempre cobiçada por invasores.

O que Niterói não entende é o fato de Araribóia jamais ter sido enredo de uma grande escola de samba da cidade (ou arredores) e muito menos não ter sua vida (cheia de ação e heroísmo) transformada em filme.

Desde os tempos mais remotos, as barcas simbolizam a cidade. Nelas viajaram lendas como Machado de Assis, que gostava de passear por São Domingos, presidentes da república e cantores populares como Roberto Carlos, que morou no Fonseca no início de sua carreira.

Mesmo com os catamarãs, as barcas se mantém como ícones da cidade.

Pedra do Índio

O tempo, o vento e a maresia estão danificando o “cocar” da Pedra do Índio. Há salvação: restaurar o cocar e replantar a vegetação original que protege o topo da pedra. Várias ações foram tentadas mas vândalos tinham como hábito destruir os trabalhos de restauro. Hoje, nada está sendo feito.

A Ponte

Lamentavelmente batizada de ponte Marechal Artur da Costa e Silva, felizmente o povo só chama de “Ponte Rio-Niterói”. Apesar de simbolizar a fusão do antigo Estado do Rio com a extinta Guanabara, estupro da ditadura que quase liquidou com Niterói.

Hoje a ponte é um dos símbolos mais forte de Niterói. Segundo o niteroiense Roberto Dutra, um dos mais reconhecidos especialistas brasileiros em turismo receptivo, “a ponte é um dos pontos de visitação mais pedidos pelos turistas estrangeiros”.

Pedra de Itapuca

Não é pessimista a visão de vários especialistas de que a pedra de Itapuca tem poucos anos de vida. A realidade é que de tanto assarem mariscos em sua base, outro belo símbolo de Niterói, “musa” dos pintores do século 19, não está resistindo. Os vândalos incendeiam a base da pedra sem cerimônia e por excesso de promessas e falta de providências das autoridades o contribuinte desistiu de reclamar. Pena, Itapuca vai ruir.

Outros símbolos

Por motivo de espaço, LIG deixou de abordar outros símbilos de Niterói. Mas o leiotor pode sugerir mandando um e-mail para ligjornal@gmail.com.br ou uma correspondência para a Redação do LIG, rua Otavio Carneiro 143 sala 704, Icaraí, Niterói, CEP 24230-190.

Fonte: internet

Nenhum comentário:

Postar um comentário